segunda-feira, 30 de setembro de 2013

A vida é um acaso? Não, segundo a tese do Multiverso.

A vida é um acaso? Não, segundo a tese do Multiverso.
Como a teoria do Multiverso explica a configuração perfeita do universo para permitir a existência das estrelas, dos planetas, e da vida.


Nosso universo nasceu há aproximadamente 13,8 bilhões de anos em um evento denominado Big Bang. Instantes após esse evento, o universo inflou do tamanho de uma simples molécula para o tamanho de uma galáxia em um trilionésimo de segundo. Após esse fenômeno denominado inflação, a velocidade de expansão diminuiu consideravelmente.

Mas no final do século passado, a comunidade científica ficou chocada ao perceber que a velocidade de expansão do universo vem aumentando desde então. Os pesquisadores atribuíram à energia escura como sendo a força responsável por essa aceleração.




A energia escura possui um funcionamento oposto a gravidade. Quando lançamos uma bola de tênis para o alto, a tendência é ela desacelerar devido à força da gravidade e cair. Com o universo, deveria ser a mesma coisa. As galáxias estariam se afastando uma das outras com a força do Big Bang (impulso dado pela pessoa que jogou a bola), mas a tendência seria que essa velocidade de expansão diminuísse, até o ponto de parar e o universo se contrair. Contudo, vemos uma situação contrária. É como se alguém jogasse a bola de tênis para o alto e ela continuasse acelerando infinitamente: uma gravidade repulsiva estaria agindo.
E a força dessa energia escura parece ser perfeita para configurar o universo como ele é. Se ela fosse um pouco menor, não seria capaz de manter ou acelerar a expansão do universo, e este passaria a se contrair até o ponto de retornar ao estado inicial, um novo Big Bang. Por outro lado, se a força da energia escura fosse um pouco maior, não seria capaz de manter a matéria coesa no universo, e os átomos que formam eu, você, os planetas, estrelas  e galáxias não permaneceriam unidos, e o universo seria um monótomo mar de partículas espalhadas.
Mas por alguma razão desconhecida, a força da energia escura é perfeita para permitir a existência de vida no universo. Por que?

Vários universos: o Multiverso



A resposta pode estar em uma teoria muito debatida desde meados do século passado. A ideia do Multiverso é apoiada pela Teoria das Cordas, uma teoria que pode explicar o universo em seu nível micro e macroscópico. Pensar no nosso universo como sendo parte de uma infinita rede de universos, denominada Multiverso, pode ser a solução para vários mistérios da ciência.
Segundo a teoria dos vários universos, a força da energia escura é perfeita porque ela é simplesmente um acaso, da mesma forma que a Terra está na distância exata do Sol para permitir a existência de vida. Um pouco mais perto, e nosso planeta seria quente demais. Um pouco mais longe, e nosso planeta seria muito frio.
Contudo, isso não significa que temos uma imensa sorte de estarmos aqui hoje, dado o fato de que existem trilhões de trilhões de sistema solares como o nosso universo afora. Em algum desses sistemas solares, há planetas na distância ideal para permitir a existência de vida. Em algum deles, simplesmente deveríamos existir.
E para muitos cientistas, o mesmo vale para o universo. Esse possui a configuração ideal para a existência de vida (como a perfeita força da energia escura) porque simplesmente deve ser assim. Pensando em um cenário com infinitos outros universos, é inevitável que em algum deles exista o valor ideal para a energia escura permitir a existência das galáxias, dos planetas, e da vida.


Fonte: Mistérios do Mundo

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